domingo, 24 de outubro de 2010

Olhos de Rubi - Capítulo 4 online!

“Bella, ela está vindo.”, ele me lembrou. Era uma hora e meia da tarde.
“Tá bom.”, eu beijei seus lábios frenéticos mais uma vez. Renesmee estava a um passo de entrar no quarto, dois segundos depois ouvimos batidas fraquinhas na porta.
“Entre docinho.” Coloquei minha blusa. Ela entrou com os círculos arroxeados bem destacados abaixo de seus olhos. “Com sede?”
“Sim, e eu já escolhi uma roupa pra hoje!”, ela respondeu pulando em nossa cama.
“Ok, então vá vesti-la e nos espere na sala.”, disse Edward. Ele me beijou mais uma vez e fomos nos vestir. Eu chegava a me perder no closet. Aonde eu ia usar todas aquelas roupas? Alice era meio louca. Meio. Soltei uma risada fraca e peguei uma calça jeans e uma blusa rendada verde-clara e fui até a sala.
“Mamãe, eu pego o maior do bando hoje! Duvida?”, ela me disse.
“Só vendo, filha.” Ela correu porta afora e entrou na floresta. Seguindo-a, avistei junto com ela e Edward um bando de alces bem suculentos. Renesmee se preparou para um salto, e aterrissou nas costas do maior, cravando seus dentinhos no pescoço do animal.
“Viram?”, perguntou ela com a boca um pouco suja de sangue em volta.
“Sim, foi incrível.”, Edward a respondeu. “Agora eu e sua mãe vamos caçar. Fique atenta, por favor. Qualquer coisa grite bem alto.” Ele me puxou pela mão e disse suficientemente alto pra que eu ouvisse: “Let’s caccia.”
“Tradução, por favor?”, eu ri.
“Italiano.”, ele sorriu de volta.
“Ali.”, eu apontei para um puma.
“Vá lá. Eu vou atrás do meu.”, ele disse.
 “Renesmee!”, eu chamei. Queria ela por perto. Pulei graciosamente ao lado do puma, que estava furioso. Lutei um pouco para dominá-lo, mas enfim senti o gosto doce e quente de seu sangue. Senti Renesmee chegando perto de mim.
“Legal”, ela encarava o puma com uma expressão totalmente impressionada. Edward chegou e pegou sua mão. “Papai, eu quero um desses.”, ela pediu.
“Claro. No próximo século você me pede isso que eu vou pensar.”
“Coitada, Edward.”, eu dei uma risada fraca. “É só técnica.” Ela fez uma cara de desapontamento e nós corremos até a grande casa.
“Família.”, eu cumprimentei-os com um sorriso.
“Oi lindinha!”, Jacob estendeu os braços pra Nessie, que pulou direto nele.
“Alice, subornar os funcionários de uma loja de departamento inteira com sua beleza e dinheiro é muito errado.”, eu falei.
“Muito engraçado, Bella. A propósito, obrigada.”, ela deu um sorriso de gozação.
“Nós não temos que fazer a matrícula da universidade?”, Emmett avisou Carlisle.
 “Eu agendei com todo mundo que iríamos hoje.”, disse Carlisle.
Quando passávamos de carro em frente à universidade de Dartmouth, fiquei maravilhada, era enorme. A secretaria era uma sala grande, muito bem arrumada (pelo sorriso de Alice ela adorou o gosto do decorador), com uma estante cheia de papéis e caixas, e tinham dois guichês. Nós paramos em frente ao guichê número um e atrás do balcão havia uma moça aparentando ser jovem, talvez uns trinta anos. Seu nome era Amber, e ela era incrivelmente bonita. Se não fosse meio morena, eu até diria que... melhor deixar pra lá.
“Boa tarde senhor, em que posso ajudá-lo?”, ela perguntou educadamente.
“Boa tarde. Eu gostaria de saber se tem vagas para mais seis alunos.”, Carlisle disse com a mesma cortesia.
“Só um minuto.” Ela baixou sua cabeça e rolou uma lista no monitor do computador. “Sim senhor. Quais são os nomes, por favor?”
“Isabella, Edward, Emmett e Alice Cullen e Rosalie e Jasper Hale.” Ela fez uma cara de confusão.
“Deixe eu listar os nomes.”
“Estranho ela não perguntar se somos adotados.”, eu cochichei baixo o suficiente pra que só Edward e os outros ouvissem.
“Às vezes não perguntam mesmo.”, ele respondeu envolvendo minha cintura com seu braço. “Estranho Alice, eu não consigo ler a mente de Amber.”
“Ainda não me veio nenhuma visão.”, ela argumentou.
“Carlisle, vamos.”, disse Jasper, sentindo o clima de tensão e desconfiança no ambiente.
“Gente, eu não sei o que possa ser, mas eu a observei. E conclui que por enquanto ela não fez nada de anormal.”, ele nos disse, tendo ouvido toda a conversa minha, de Edward e de Alice na secretaria.
“Mamãe! Papai!”, Renesmee chegou correndo e pulou em nossos braços abertos. Fazia um tempo que tinha percebido isso, mas eu amava ser mãe. Eu nunca imaginei que sentiria isso, ainda mais que minha filha era mais especial ainda que um simples humano.
“Oi, querida. Se divertiu? Porque nós vamos pra casa agora.”, Edward falou.
“Sim, claro. Jake me ensinou uma nova cambalhota hoje, só que ela é no ar!”, ela falou animadamente. “Olhem!” Ela agachou, se preparou e deu um salto mortal invertido. Mesmo sabendo que ela não se machucaria, eu fiquei com medo.
“Calma.”, Edward sorriu e me beijou. “Que legal filha. Agora vamos.” Ele pegou sua mão.
“Tchau Jakey!”, ela acenou pra ele.
“Até mais anjinho.”, ele veio até ela e beijou sua testa. Fomos pra nossa cabana.
“Boa noite querida.”, eu a cobri e saí do quarto, acompanhada de Edward.
“O que tem aquela tal de Amber, amor?”, eu perguntei preocupada, olhando para a porta encostada do quarto de Nessie.
“Eu não sei. Mas ninguém se machucará.”, ele afagou minha bochecha com sua mão, agora com o toque quente em minha pele igualmente fria.

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